Dedicamos o 6° dia de viagem a explorar o Metropolitan Museum of Art, ou The MET, como é conhecido aquele que abriga a maior coleção de arte de Nova York, e não deixa nada a desejar se comparado aos maiores museus do mundo, como o Louvre. Aliás, o MET figura entre os dez museus mais visitados do mundo, e não é para menos!
Nesse dia as temperaturas atingiram os menos 6 graus, nos obrigando a buscar conforto térmico em um programa totalmente indoor e que, de preferência, durasse o dia todo.
- Nova York Dia 10: The Cloisters Museum no último dia de viagem
- Nova York Dia 09: Brooklyn, D.U.M.B.O., One World, Central Park, Whitney Museum
- Nova York Dia 8: Guggenheim Museum e Neue Galerie
- Nova York Dia 7: MoMa, Estátua da Liberdade e Columbia University
- Nova York Dia 6: The Metropolitan Museum of Art
Pegamos a linha F do metrô na Queensbridge Station (21st Street) e saltamos na Lexington Avenue Station (63rd Street), terminando o percurso a pé pela Madison, referência de luxo, e depois pela 5th Avenue até chegarmos ao MET, que tem nada mais nada menos que o Central Park como quintal.
Na recepção, sem filas, logo sacamos nossos NY-City Passes e acessamos o grande hall central.

Sobre o Museu: Metropolitan Museum of Art
Segundo seu site, o MET foi fundado em 1870, combinando esforços de várias gerações de curadores, pesquisadores e colecionadores, para obter peças representativas da arte produzida em mais de 5 mil anos em várias partes do globo, da antiguidade até a contemporaneidade.

Pelas Galerias do MET
Percorremos as surpreendentes galerias das civilizações asiáticas, indiana e do Oriente Médio, as quais não apenas expõem acervo, mas ricamente recompõem espaços de meditação, oração e adoração, templos de fé ao estilo característico das épocas remotas e atuais.

Destaque para o Ming Scholar’s retreat, um retiro de paz e contemplação instalado naquela ala do MET.


Galeria das artes dos séculos XVIII e XIX
Deixamo-nos demorar na galeria das artes dos séculos XVIII e XIX, apinhadas de mestres do impressionismo e pós-impressionismo, Renoir, Van Gogh, Matisse, Gauguin, Pissaro, Degas (e sua miríade de bailarinas), Monet, Manet, Rodin, entre tantos outros notáveis.

O museu impressiona pela quantidade e variedade de obras desses artistas, que ali têm morada, embora fora de suas respectivas pátrias de origem. Nesse ponto, é digno de nota o trabalho da curadoria do MET, que conseguiu trazer para Nova York absolutamente o melhor da arte mundial.
Infelizmente, por falta de tempo, não conseguimos visitar a galeria de mestres do Renascimento, que abrangia pinturas dos séculos XV, XVI e XVII. Ficou apenas uma amostra do que essas paredes guardam, quando vimos esboços de Leonardo da Vinci em uma galeria adjacente.


Pausa para o almoço
Fizemos uma pausa para o almoço no pátio central, adornado com algumas esculturas que recebem os raios do sol devido ao belo teto de vidro que permite a entrada de luz natural. As opções de lanche, contudo, eram bastante limitadas, restringindo-se a três ou quatro tipos de sanduíches e algumas sobremesas. Porém, como estávamos ali para nos nutrir de arte, superamos nossa relativa decepção com o menu do food hall do museu e seguimos para visitar os saguões de arte medieval.

Segmento de arte medieval e ala egípcia
Da mesma forma como nas outras instalações, o segmento de arte medieval surpreende pela ambientação e contextualização das obras e cenários ali expostos.

Templo de Dendur

Um dos grandes high-lights do museu estava ainda por vir: a ala egípcia e o famoso Templo de Dendur, remontado em um salão com espelho d’água e parede de vidro com luz natural e vista para o Central Park. Maravilhosa experiência a de se deixar sentar ali por alguns instantes.

Segundo informa o MET, o Templo de Dendur, que data de 15 A.C., foi um presente do Egito para os Estados Unidos em reconhecimento pela ajuda prestada para salvar os monumentos da Núbia, uma vez que, se não removido, o templo teria sido inundado e submerso pelas águas do Rio Nilo na construção da represa de Assuã, na década de 60.
Do site do MET, a explicação:
“Embora seja de pequeno tamanho se comparado com os templos que ainda permanecem no Egito, Dendur apresenta todos os componentes essenciais de um templo: um pórtico (pronaos), uma câmara para as oferendas e um santuário.
As colunas são completadas por capitéis vegetais e os relevos nas paredes mostram o faraó fazendo oferendas ao deus Thoth de Pnubs.”
O mais interessante do Templo de Dendur, no mesmo sentido de toda a proposta de interação sensorial com os ambientes do MET, é poder entrar dentro dele, assim como de outros sítios reconstruídos na ala egípcia do museu. Fica-se cara a cara com os desenhos e hieróglifos grafados naquelas paredes – o contato com o mundo antigo é quase palpável.
Museu quase fechando!
Já apressados com o adiantado da hora, percorremos as galerias de artes decorativas europeias, que reconstituem ambientes pomposos dos séculos passados, notadamente o neoclassicismo das cortes e palácios.

O Retrato da Princesa de Broglie
Praticamente correndo, visitamos a exposição de pintores holandeses e, já ouvindo soar o sinal de aviso de encerramento das atividades daquele dia, não poderíamos ir embora sem ver a musa do museu, um dos seus cartões-postais: o Retrato da Princesa de Broglie, alocada na ala da coleção Robert Lehman. O efeito luz e sombra do óleo sobre tela de Jean Auguste Dominique Ingres, concluído em 1853, é tão perfeito que chega-se a pensar que as saias azuis da dama retratada são realmente uma colagem de cetim, assim como o tecido adamascado do estofamento.

A retratada é Pauline de Broglie, que casou-se com o 28° Primeiro Ministro da França em 1845. O título de princesa era mera cortesia, não decorrendo de consanguinidade ou hereditariedade. A dama viria a falecer poucos anos depois. Ingres não era afeito à pintura de retratos, mas saiu-se muito bem nesse meio, sendo bastante aclamado pela aristocracia.
Por sorte a loja do MET ficava aberta por meia-hora a mais, então foi impossível, depois de ver tantas maravilhas, não adquirir algumas lembranças do lugar, entre eles o livro oficial do museu.


Pode pedir bis! ou seria “tris”!?
O ingresso dá direito, por três dias consecutivos, a retornar ao MET ou conhecer suas duas outras unidades – o MET Breuer e o MET The Cloisters.
Que venha o Central Park, Columbus Circle

Novamente devolvidos ao frio cortante das rajadas de vento das ruas da cidade, atravessamos o Central Park pelos fundos do Museu e saímos na Central Park West Avenue.
Descemos a pé até a Columbus Circle, onde pegamos a linha C do metrô até o Chelsea, 14st Street. Desta vez estava aberto o Chelsea Market, e pudemos conhecê-lo e jantar ali mesmo um hot dog autenticamente alemão (ou quase…)
Chelsea Market com a Starbucks Reserve Roastery para um café do Quênia!

A noite não seria completa sem irmos, ali ao lado, à sensacional cafeteria Starbucks Reserve Roastery, cujo cheiro de moagem de café atravessa a rua e nos guia portas adentro. A visita é uma experiência sem igual no mundo da cafeteria, mostrando o processo que o grão de café cru percorre até chegar quentinho e saboroso até nossas xícaras.



Já passava das 11 da noite, hora de retornar ao hotel. Pegamos a linha A/C do metrô até Washington Square e baldeamos para a linha F, que nos deixou na nossa 21st Street.
Agora é sua vez, comente!
Texto de Letícia Carvalho, edição e publicação de Cristiano Morley
Crédito fotos: Cristiano Morley
Casal de mineiros de Belo Horizonte, que acredita que viajar é um jeito divertido de conhecer outras culturas, com muita fotografia, mapas riscados, planos feitos, além de vários contos e diários conquistados e compartilhados. Este post, como todos do blog, não é patrocinado e reflete exclusivamente a opinião pessoal dos autores.
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