O quinto dia de viagem foi reservado ao Museu Americano de História Natural, programa que agrada a adultos e crianças, com direito ao Central Park e Lincoln Center ao final do dia. Não há como falar do Museu e não se lembrar do filme estrelado em 2006 por Ben Stiller, Owen Wilson e Robin Williams. Pois então, seria o dia todo no museu, naquela terça-feira de março.
Do nosso hotel, na 21st Street, pegamos a linha F do metrô em direção à 4th Street, Washington Square, onde trocamos para a linha A (a linha C também serviria), que nos deixou na estação da 81st Street, já na esquina com o Museu de História Natural e de onde se vê o Rose Center, com seu quadrado de vidro que abriga o planetário Hayden – tudo parte do complexo do museu. A própria estação da 81st Street é digna de nota, já que suas paredes contém mosaicos com pastilhas reproduzindo os animais mais recorrentes no museu.
[Acompanhe aqui o dia anterior, dia 04 em Nova York]
Museu de História Natural em Nova York

A fachada do edifício fica na Central Park West Avenue, ou seja, bem na avenida que margeia o lado oeste do Central Park, e é guardada pela estátua equestre de Theodore Roosevelt, o 26° Presidente dos Estados Unidos que, além de político, foi militar, explorador e naturalista. A homenagem decorre do fato de que Theodore Roosevelt foi um dos apoiadores da fundação do museu, idealizado por Albert Smith Bickmore em 1869 e, posteriormente, em 1913, forneceu material trazido de expedição à América do Sul, com a finalidade de compor o respectivo acervo.
Entramos pelo acesso principal do Museu, sem maiores filas. Na bilheteria, foi preciso apresentar nossos NY City Passes, para troca pelo ingresso. No hall principal, o Theodore Roosevelt Rotunda, estão expostos alguns dinossauros, que dão as boas vindas aos visitantes e compõem uma amostra do que o museu oferece.

Rose Center for Earth and Space, Hayden Planetário
Começamos pelo Rose Center for Earth and Space, uma vez que logo iria haver uma sessão de cinema em 180 graus sobre a formação do universo, com duração de cerca de meia hora. O filme “Dark Universe” é apresentado por nada mais nada menos do que Neil DeGrasse Tyson, diretor do Hayden Planetarium. O Planetário Hayden, também parte do Rose Center, permite a experiência de se caminhar pela trilha cósmica, da origem do universo até a configuração atual do sistema solar em escala, pressupondo que a grande esfera ao centro do Rose Center representa, proporcionalmente, o tamanho do Sol (a Terra seria do tamanho de uma “grapefruit”)! Um patamar abaixo, está o Hall of the Universe, que propicia experiências interativas como o cálculo do seu peso no Sol, Lua, Saturno, Júpiter. Há meteoritos e outros materiais vindos do espaço.






Próximas dali, estão as galerias do Planeta Terra, onde dissecada a formação geológica da nossa “casa”, e o Hall of Meteorites, Minerals and Gems, onde expostos meteoritos (fragmentos de planetas e asteroides que sobreviveram incólumes à combustão provocada pela passagem pela atmosfera terrestre para repousar em nosso solo), 114 mil minerais e 4 mil pedras preciosas.





No mesmo piso está o food hall do museu, então decidimos aproveitar a passagem para almoçar. Em esquema de self service, pode-se matar a fome com hambúrgueres, hot dogs, fritas ou saladas com frango e carne, entre outras opções do gênero. Outros cafés e lanchonetes menores podem ser encontrados durante o percurso.
A tap water do Museu merece um capítulo a parte. Espalhados por vários saguões e corredores, os bebedouros gratuitos oferecem água potável de qualidade, que, curiosamente, sai da fonte com cor ligeiramente leitosa e depois fica de fato incolor.
Depois da refeição, partimos para a exploração das alas da fauna e botânica, repartidas por localização geográfica, e da origem das espécies. O acervo é muito rico e vasto, e a forma de exposição revela animais reais taxidermizados em nichos/vitrines que reconstituem seu habitat natural, com iluminação tênue e variante conforme os hábitos “sociais” do bichinho, se diurnos ou noturnos.
Fauna e Botânica







Vida marinha, Povos e Civilizações e os Dinossauros

A galeria de vida marinha é um amplo espaço em que encontra-se suspensa uma réplica de uma baleia azul, ladeada pelos mesmos nichos em que expostos os animais oceânicos. Outras alas são dedicadas aos povos antigos e seus respectivos territórios e à evolução da espécie humana, incluindo a Lucy em carne e osso, ou melhor, somente osso mesmo. Muitos são também os exemplares de fósseis de dinossauros e painéis que mostram a evolução das espécies. Com pouco tempo para visitar tão vasta coleção, ficamos no museu até o fechamento.







Evolução Humana e Lucy









Dinossauros




Central Park, monumento Strawberry Fields e Edifício Dakota
Descendo a Central Park West Avenue, passamos pelo Edifício Dakota, residência de John Lennon e Yoko Ono, perto do sítio exato onde o ídolo foi assassinado. Adentrando o Central Park, visitamos o monumento Strawberry Fields – um mosaico no chão em que está grafada a palavra Imagine –, em memória ao Beatle. Yoko e o arquiteto e paisagista Bruce Kelly trabalharam em parceria pela criação desse espaço de reflexão que hoje é reconhecido por 121 países como um jardim da paz. O Strawberry Fields foi inaugurado em 9 de outubro de 1985, que seria o 45° aniversário de Lennon. Vimos também a beleza do Edifício San Remo, ícone da paisagem novaiorquina.




Lincoln Center

Virando à direita e seguindo sentido Sul, chegamos ao Lincoln Center, complexo artístico da cidade onde há salas de concertos, dança e teatro, oferecendo cultura e diversão em vários ambientes. Como fazia muito frio, procuramos a estação de metrô mais próxima, que era justamente em frente ao complexo, e nos refugiamos no excelente restaurante, próximo ao Rockefeller Center, onde jantamos. De lá, pegamos o metrô na 47ts Street, de volta ao hotel.
Lincoln Center – Nova York


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Texto de Letícia Carvalho, edição e publicação de Cristiano Morley
Crédito fotos: Cristiano Morley
Casal de mineiros de Belo Horizonte, que acredita que viajar é um jeito divertido de conhecer outras culturas, com muita fotografia, mapas riscados, planos feitos, além de vários contos e diários conquistados e compartilhados. Este post, como todos do blog, não é patrocinado e reflete exclusivamente a opinião pessoal dos autores.
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